domingo, fevereiro 19

tempestade



Estoira lá fora o trovão!
Tremendo, rebenta-me o peito
Ruge, raivoso como um cão
Que tempestade! Oh, dia perfeito

Quero montar o vento suão
Encharcado, à chuva, sem jeito
Molhado até à alma; e então,
Gritar alto, a esmo e a eito:

Meu Deus, que horror!
Tem dó e aparta
De mim, tanta dor...
Deixa vir
O raio que me parta