domingo, março 26

Talvez...(ou: como eu gosto de ti)

Um dia, vou-te pedir
Um dia!

Um dia
Da tua vida.
Vens?
Um dia…

Vamos!Por aí fora…

Quero mostrar-te….
A minha alma…! Quem sabe?

queres vir?

Vem daí…
Dançar!
Levo-te nos braços… pelo ar
Não, agora não vou parar
Sinto-me leve, solto, livre
(e não é bom, voar?)

Os teus passos já não são teus
São meus

A tua respiração
É a minha

Não paramos,… nunca
Vens?

Dantes...

Quando eu era pequeno, a um miúdo como eu que não tinha jeito nenhum para o futebol, mas lá ia jogando, dizia-se que :”dava uns bons pontapés na atmosfera”.

Agora… agora, dou beijos na atmosfera

Beijo o vento que passa…
Beijo a espuma de uma onda que vejo…
Beijo, enfim o vazio.

À espera que o vento passe por ti…
À espera que a onda vá morrer a teus pés…

À espera que o enchas; este vazio que de tão grande, oprime e dói. Tão vazio que abafa. Tão vazio que… é cheio; de saudade; de dor….
Do amor que tenho por ti!

quinta-feira, março 23

morri, já!

ESTOU!
Sinto-me morto,
Enterrado;
À profundidade de
Mil beijos!

Sufocado
Por abraços nunca dados.

Carícias prometidas...
Sempre falhadas!

Vais embora...

Sintos teus passos, levemente...
Quase como os de alguém já ausente!
Caminhas, no entanto, em mim
Calcorreias toda a minha alma
Percorre-la de lés a lés

Esquadrinhas todos os cantinhos...
Mesmo os mais recônditos!
Escondidos...
... Segredos

O que buscas?
Qual a tua demanda?
O que vais levar contigo?